sábado, 11 de dezembro de 2010


E o que há?





E o que há de errado em querer sempre mais? Em querer bem mais do que a gente mesmo pode dar ou ter? O que há de mal em sonhar alto sem temer o tombo? O que há de mal em acreditar que é possível?

Acredito que não haja nada de mal com as coisas que citei, com o que questionei. Talvez o mal esteja em nós que sonhamos, que acreditamos, que queremos e que não tememos. Contudo, estou quase convecida em entrar na linha e começar a desacreditar, seguir os passos da maioria da humanidade. Porém, não me agrada viver mediocremente. Não me agrada seguir passos contados para não ir mais além. Não me agradam tantas coisas. Estas tantas coisas, acredito, não te agradam também.


Podemos parecer eternos insatisfeitos. Rebeldes sem causas para alguns. Metidos a besta para outros. O que importa? O que importa é que nós tenhamos consciência de quem somos, o resto é resto, e o que resta, por restar, não importa.


E o que me importa? Me importa a esperança em dias melhores, os braços estendidos, o abraço apertado, o olhar sincero, ouvir mais do que falar, a ética, o profissionalismo, a paixão por algo, a amizade, a música, a honestidade, o amor ao próximo, a sinceridade, novos sabores, boas histórias, a gentileza, a delicadeza, o perfume, a dança, o sorriso, o amor correspondido, as crianças, a família, a política, a religião, a compaixão... Tantas coisas me interessam. O que mais me importa, neste instante, é não deixar de me importar.


Para muitos o que escrevo soa triste, respingos de melancolia. Não tenho a pretensão de escrever apenas o que lhes agradam, não pretendo aplausos nem vaias, não quero fama, não quero grana. Uso este espaço para me expressar, para aliviar as palavras que brotam, para organizar os pensamentos, para buscar um alento, para me comunicar com você que leu este texto até o fim. E se chegou até aqui, é porque se importa, assim como eu!

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