Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Ou isto ou aquilo, Editora Nova Fronteira, 1990 - Rio de Janeiro, Brasil
Desde pequena este poema da Cecília Meireles me encanta, pois com palavras simples ela traduz a complexidade que é viver. A vida e suas escolhas. Nós na vida com nossas escolhas. E, na minha inocência infantil não tinha noção da grandiosidade das ideias contidas nestes versos.
A vida é feita de escolhas, conscientes ou inconscientes. Somos frutos das nossas escolhas, sim. Somos o reflexo das nossas boas ou más decisões. Até o ato de abster-se é escolha.
Incrível é o fato de eu ter perdido todo o texto que havia escrito na tentativa de convencê-los. Dessa forma, por não acreditar em acasos, escolho ocultar meus argumentos.
Nossas escolhas nunca são erradas, nada é por acaso...
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