segunda-feira, 21 de março de 2011


A incrível simpatia blindada do presidente

Mal o "homem mais poderoso do mundo" embarcou e já nos sentimos saudosos. Saudade justificada pela enorme simpatia, cordialidade e simplicidade que demonstrou com o nosso país, acostumados que estamos com a impalpabilidade dos poderosos daqui.

Somos povo hospitaleiro e disso ninguém duvida, somos carismáticos e nos alegramos até mesmo diante das adversidades. Mas, acima de tudo temos muita boa fé. Somos simpáticos, gostamos de futebol, de música, de arte. E por que não seríamos? 

Somos muito queridos, assim como a nossa natureza exuberante , os riquíssimos recursos hídricos, o clima, o petróleo e a Amazônia - pulmão do mundo de que dispomos. É, temos boa fé. Acreditamos em um sorriso largo, nos identificamos com a sua cor, aplaudimos sua amabilidade com as crianças da favela e até nos propomos a ensinar-lhe a dominar melhor a bola. 

Quem de nós, na nossa simplicidade, temos como mudar o figurino cinco vezes ao dia? Bem que gostaríamos, no entanto, é desnecessário. 

A sensação que fica é que somos inocentes demais e não percebemos, pelo menos a maioria de nós, o que se esconde por trás de uma aparente cordialidade. Somos conscientes de que é necessário diplomacia, mas poderíamos nos sentir um pouco melhores em relação a isso tudo e não como "prostitutos" abrindo guarda da nossas riquezas em troca de "simpatia".        






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