Às vezes me sinto sem palavras embora as ideias não me faltem, mas o que dizer diante de variadas situações que surgem? Deparo-me com acontecimentos que, necessariamente, não aconteceram comigo, mas que de um modo ou outro presenciei mesmo que indiretamente.
Sinceramente fico preocupada quando vejo algumas pessoas com extremada necessidade de "se aparecer". Quando é que será entendido que a simplicidade é qualidade boa e que a casca oculta o que tem a ser mostrado de verdade? Falo de essência, de valores pessoais, de moralidade, de sentimentos reais, do tipo de coisa que o dinheiro não compra.
Confesso que me adapto fácil em diferentes ocasiões, lugares e grupos, porém não subtraio observações, as quais nem sempre são expostas. Avalio os comportamentos e tenho grande facilidade de ver o que muitos tentam esconder até de si mesmos. Calma, não há nada de magia, de feitiçaria, sou uma sensível observadora. Procuro não julgar ninguém, mas entender o que as leva a cometer certos atos.
Resumidamente vou dar alguns detalhes ao que aqui me refiro. Dia desses fui parar com um grupo de amigos em uma casa noturna muito badalada na região, fiquei feliz por desfrutar deste lugar, pricipalmente na companhia de pessoas queridas. Eis que de repente sou puxada pelo braço e levada até a área dos vips, área essa que nunca havia sido frequentada por esta singela pessoa. No começo até curti, afinal estava em território desconhecido e aproveitaria da generosidade de um amigo que estava às voltas para impressionar uma das minhas amigas. Completamente desnecessário, pensei, já que eram namorados e ao meu ver esse tipo de impressão não levaria a nada. E, não levou. Após rodadas de bebidas caras, sorrisos e trejeitos de "eu sou o cara" acabou pagando cara a conta e ainda por cima perdeu a namorada.
Como podemos ver, o dinheiro não compra amor-próprio, não evita insegurança de sentimentos, não compra o amor e o respeito das pessoas. Atitudes simples e sinceras teriam sido suficientes naquele momento. É, meu amigo, um pouco de autenticidade não faz mal a ninguém. É melhor nos garantirmos pelo que somos e não pelo que temos.