Ao ato de escrever me entrego. Muito mais recebo do que revelo. Muito mais me curo do que amenizo. Não tenho talento, nem fama, nem pretensão; apenas escrevo. Dou rumo às ideias que brotam nas teclas dos dedos e da alma. Apenas escrevo. Um grito em negrito no branco da tela.
Não me atenho às regras, nem à métrica, nem à rima; apenas escrevo. Tenho urgência e me estreito na brevidade dos pensamentos que vêm e que vão, livres.
Quisera expressar beleza, consolo, alívio e um "pá" de coisas mais. Alivio-me no egoísmo do que não sou, nem sei. Heresias, eu diria. Tu dirias? Não! Somente os fortes admitem o quão insanos são.
Não sigo referências, não tenho precedências, sou órfã de influências, não me preparei em academias; apenas escrevo. Sou o que sou. Sou o que escrevo. Sou? Sou de incertezas, é isso que sou.
Nas palavras desmedidas transpareço contradição. É uma questão de opinião. Guardo a minha. Respeito a tua. Nos entenderemos. Não me desmereça. Apenas escrevo!